Vacina de alergia

Vacina de alergia

O que é Imunoterapia alérgeno específica?

 

É a chamada, popularmente, vacina de alergia, utilizada para o tratamento de doenças alérgicas crônicas, com manifestação IgE mediada e que tenham o seu agente causador identificado através de exames de alergia (prick teste/teste alérgico ou dosagem sérica de IgE específica). É um método utilizado no tratamento das doenças alérgicas há mais de cem anos, sendo sua utilização já muito bem estudada. Consiste na introdução, por via injetável (subcutânea) ou via sublingual, de quantidades crescentes da substância causadora de alergia (alérgeno), como por exemplo: ácaros, pólens ou pelos de animais, com o objetivo de se obter um estado de tolerância a esta substância.

 

Qual o mecanismo de ação das Vacinas de Alergia?


As vacinas de alergia regulam a produção de anticorpos, diminuindo os anticorpos da classe IgE (responsáveis pelas alergias) e aumentando os anticorpos IgG4, responsáveis pela tolerância da alergia, daquele alergênico. Além disso, diminuem as células inflamatórias que participam da reação alérgica. Os efeitos ocorrem aos poucos conforme as vacinas vão sendo aplicadas, observando-se uma redução gradual dos sintomas.

 

Em quais doenças alérgicas estão indicadas as vacinas de Alergia?


As vacinas de alergia (imunoterapia específica contra alérgenos) estão indicadas para várias doenças onde o mecanismo alérgico é uma reação imediata, também chamada “mediada por IgE”, são reações que ocorrem poucos minutos após o contato com a substância causadora da alergia (alérgeno). As principais doenças mediadas por IgE, para as quais as vacinas de alergia estão indicadas, são:

 

  • Alergia respiratória (asma e rinite alérgica);
  • Alergia ocular (conjuntivite alérgica);
  • Alergia a picadas de insetos, especialmente abelhas, marimbondos, vespas e formigas;
  • Alergia de pele, como a Dermatite Atópica.

 

Atenção!!!! Não existe indicação de vacinas de alergia para urticária.

 

Durante quanto tempo deve se manter um tratamento com vacina de alergia?

 

Embora esta resposta não esteja totalmente estabelecida a maioria dos consensos médicos indicam o período de três anos para as substâncias inalatórias (ácaros e pólens) e cinco para veneno de insetos. Uma vez terminado esse período de tratamento, os efeitos da vacina de alergia permanecerão por anos após a sua suspensão.

 

A Imunoterapia tradicional é realizada em duas etapas. A primeira chamada de fase de indução, com duração média de 6 meses, que consiste no aumento progressivo das doses e da concentração dos alérgenos presentes na vacina de alergia. Em seguida se inicia a segunda fase chamada de fase de manutenção, onde a dose e concentração da vacina de alergia são fixas e administradas até o final do tratamento.

 

Quais as vias de administração da vacina de alergia?

 

As vias de administração utilizadas no Brasil são a injetável(subcutânea) e a sublingual. Mas outras formas estão em estudos ou já disponíveis em outros países como as vacinas de alergia de aplicação nasal ou em forma de comprimidos.

 

Quais os riscos das vacinas de Alergia? Que cuidados devemos tomar para evitá-los?


A imunoterapia específica (vacinas para alergia) é um procedimento bastante seguro. Contudo, existe o risco de ocorrência de reações locais e sistêmicas. Na imunoterapia subcutânea, o risco de reações locais é estimado na faixa de 0,7% a 4% das aplicações e o de reações sistêmicas entre 0,06% e 1%. As reações sistêmicas podem variar de sintomas leves localizados em um órgão/sistema (exemplo: urticária, rinite ou conjuntivite); moderadas, que acometem mais de um órgão/sistema, tais como crise de asma e sintomas gastrintestinais, a graves, destacando-se o edema de glote e choque anafilático. As reações sistêmicas graves são extremamente raras, estimadas em uma por um milhão de aplicações.

 

Os eventos adversos relacionados à imunoterapia sublingual incluem as reações locais na mucosa oral, reações moderadas (sintomas gastrintestinais, rinite e urticária) e reações sistêmicas (ex. asma, anafilaxia). A frequência global de reações à imunoterapia sublingual é estimada em 2,7 por 1.000 doses, sendo que a frequência de reações sistêmicas é de 0,05%.

 

As medidas recomendadas para a redução do risco de reações adversas sistêmicas incluem não aplicar a vacina durante crises alérgicas ou em vigência infecções, não realizar atividades físicas após a aplicação da vacina de alergia, os pacientes com asma só devem iniciar a imunoterapia após a estabilização do quadro e realização de imunoterapia sob a supervisão de profissional especializado e capacitado.

 

Quais as contra indicações do uso da vacina de alergia?

 

As principais situações que contra indicam o tratamento com a vacina de alergia são: asma grave ou não controlada, uso de beta bloqueador, neoplasia maligna (câncer), doenças autoimunes ou imunodeficiências.

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